sábado, 30 de março de 2013

O básico da tecnologia para bibliotecários. CDU online, Cutter, WordPress, Scriblio, Biblivre…

Este não é um artigo que pretende trazer alguma inovação, discutir a inserção de novas tecnologias no mundo tecnológico da bibliotecnomia, mas uma compilação de muitos recursos disponíveis – a tecnologia básica – na criação de uma biblioteca, orientado a muitos bibliotecários que precisam de elementos básicos para a criação/organização de uma biblioteca.
Lembro que em 2001 fui desafiado na criação de uma biblioteca, como estagiário de uma empresa de consultoria. O cenário na época era crítico: livros largados por salas (e mesmo em banheiros) e nenhuma tecnologia ou recurso básico da biblioteconomia disponíveis, tendo sido utilizada uma cópia da CDU, da tabela de Cutter e o “velho de guerra” winisis, sem a presença de um programador ou gerente de rede, ocasionando em uma base de dados de acesso em um único computador, monousuário. Já se vão 9 anos e muitas facilidades surgiram, e são estas que este artigo pretende elencar.
O primeiro problema é qual sistema de classificação utilizar. É claro que sempre será possível a criação de sistemas próprios, como já fiz em uma outra empresa, contudo, quando estamos falando de uma empresa técnica, com várias áreas distintas a CDD e a CDU acabam surgindo como soluções. Em 2001 utilizei a CDU em uma versão que poderíamos chamar de não muito legalizada (reprografia), mas mesmo partindo para este caminho é necessário que se tenha uma edição da classificação para se realizar a cópia, contudo, esta é uma das dificuldades que não se precisa ter tanta preocupação no passado.
Nos últimos dias, vários blogs da área de biblioteconomia anunciaram: “Está disponível na web a CDU e em português”! Para quem não viu esta notícia fica o endereço da CDU online (e gratuita) http://www.udcc.org/udcsummary/php/index.php?lang=pt .
O uso da CDU disponibilizada pelo UDC Consortium é simples, constando em um menu superior links para os sinais, tabelas auxiliares e iniciais dos grupos de classificação de 0 a 9. Na área esquerda será exibida a estrutura da CDU, e na área a direita as informações sobre a classificação escolhida.
Definida a classificação torna-se necessária a designação numérica de autor e na imagem acima temos um programa já antigo, e útil, o “OCLC Dewey Cutter Program” que permite a consulta em 2 tipos de tabelas: “Cutter Four-Figure Table” e “Cutter Sanborn Four-Figure Table“. Com um uso simples, basta inserir o sobrenome desejado no campo “Text” para ver o código relacionado em “Cutter Number“. O programa (gratuito) pode ser adquirido em http://www.oclc.org/dewey/support/program/
Definido o sistema de classificação, o problema será a criação do catalogo, e sabemos que apenas quando o dono da biblioteca exigir ou não houver condições de ter disponível um computador, o uso de fichas é uma opção que não deve ser considerada. O uso do winisis também não deve ser considerado, pois estamos falando de um programa que não responde a todas as necessidades de uma biblioteca e de dificil utilização.
BIBLIVRE – Desenvolvido em parceria pela SABIN (Sociedade dos Amigos da Biblioteca Nacional) e a COPPE/UFRJ, o sistema é licenciado gratuitamente como GPLv3 e permite realizar os principais procedimentos em bibliotecas: pesquisa; circulação, reserva, empréstimo e devolução, entre outros. A principal vantagem é que seu uso é gratuito. Em sua versão 2, o Bibliotecno considerou este como um sistema lento para o que se propunha, contudo, na recente versão 3.0.2 o sistema tornou-se extremamente ágil, sendo a melhor solução indicada para bibliotecas públicas e bibliotecas/coleções particulares . Deve-se notar que o programa também tem algumas limitações de recursos, o que diminuiu na versão 3. O Biblivre é compatível com o formato MARC, importa dados através do protocolo Z39.50 e utiliza as linguagens de codificação mais usadas recentemente, como a UTF-8. Acesse a página do Biblivre aqui.
Baseado no Isis temos o PHL (atualmente na versão 8.2), que é um programa recheado em recursos para uma biblioteca tradicional – veja aqui – e baseado na web. O PHL permite realizar as rotinas de catalogação, a criação de um vocabulário controlado e de empréstimo. O problema é que é gratuito apenas para uso monousuário, mas não deixa de ser uma opção para pequenas bibliotecas. Acesse a página do PHL
Outros programas que merecem destaque são: Gnuteca, OpenBiblio e PMB (texto com detalhes do PMB no Bibliotecários Sem Fonteiras). O Bibliotecno recomenda uma visita ao Fórum de Softwares para Automação de Bibliotecas – clique aqui - onde será possível ter mais informações e discutir sobre estes e outros softwares.
Falar em sistemas de bibliotecas também é falar no MARC. Existem 2 links com o marc em português interessantes na web.
MARC 21 em Português: http://manualmarc21.wikidot.com/indice
MARC21 Formato bibliográfico (PUC-RIO) - http://www.dbd.puc-rio.br/MARC21/
MARC21
para recursos contínuos (publicações seriadas) traduzido por Salles, 2011: http://eprints.rclis.org/handle/10760/15421

Em http://www.loc.gov/marc/translations.html você pode encontrar diversas traduções do MARC, elencadas e sendo uma lista sempre atualizada pela LC.
Mas em muitos casos, atualmente, não adianta ter apenas um sistema de biblioteca, é necessário que esta se faça presente na web. Para isto, uma das melhores opções é o WordPress. Em sua versão 3.0 recém lançada, a ferramenta inicialmente de blogs ganha forma de CMS com o uso de plugins, tornando possível criar a página de uma biblioteca e interações com usuários.
Instalar o wordpress não é uma tarefa difícil, mas pode ser simplificada em casos onde o serviço de hospedagem realize o procedimento automaticamente. É bom frisar que para uma biblioteca que pretenda estar no mundo virtual o uso de hospedagens gratuitas poderá gerar alguns problemas (limitação de acesso, publicidade, não dar suporte a determinadas linguagens) e o custo médio de uma hospedagem paga, com espaço suficiente para uma biblioteca média, em torno de R$ 15,00 por mês não é absurso. Para a instalação, uso, descoberta de plugins e customização de layout, existem vários tutoriais na própria web, bastando buscar por wordpress em um site de busca.
Mas um plugin para wordpress merece destaque, o Scriblio. Este plugin permite transformar o wordpress em um catálogo OPAC. Um texto com muitas informações e textos sobre o uso do WordPress para bibliotecas e do Scriblio foi publicado pelo blog Bibliotecários sem Fronteiras em 2008 e pode ser lido aqui.
Veja, neste link, um exemplo do Scribilio sendo utilizado por uma biblioteca.

Modelo do Scriblio (+wordpress) para uma biblioteca
Outro serviço que já está no ar há anos e visa colaborar com bibliotecários no ato de fazer referências é o MORE (Mecanismo online para referências) criado por Maria Bernardete Martins Alves (bibliotecária) e Leandro Luis Mendes (aluno de graduação em Sistemas de Informação), numa parceria entre a BU (Biblioteca Universitária) e o RExLab (Laboratório de Experimentação Remota). O MORE facilita no ato da criação de referências indicando os campos necessários para cada tipo de informação e produzindo automaticamente as referências. O sistema também gera citações. Conheça o MORE clicando aqui
Com aplicação exclusiva para uma determinada instituição o sistema para geração automática de ficha catalográfica para teses e dissertações da biblioteca do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo impressiona, mas não pode ser utilizado por todos.
Bastando incluir os dados do trabalho (teses e dissertações dos programas do instituto) a geração de dados é rápida. O unico elemento externo é a inserção do número de Cutter, contudo, até mesmo este passo é absolutamente simples.
O sistema gera uma página em pdf já com a ficha catalográfica pronta para o uso no trabalho acadêmico. Segundo o trabalho que os criadores apresentaram no SNBU em outubro de 2010 a intenção é dar autonomia ao usuário, porém, para uma biblioteca que tenha o programa de edição de pdf da adobe o sistema poderá ajudar. Basta criar a ficha e após isto alterar os dados do curso com o editor de pdf

Ficha gerada pelo sistema
Outro serviço de grande utilidade aos bibliotecários e muito difundidos na web são os vocabulários controlados. Existem vários, dos mais genéricos aos mais específicos. O mais genérico, porém abrangente, e de grande utilidade para pequenas bibliotecas, principalmente escolares, públicas e até algumas bibliotecas universitárias é a base de terminologia da Biblioteca Nacional.
Imagine: vários bibliotecários trabalhando para gerar uma base de terminologia através de um acervo que corresponde a toda a publicação nacional em livros, revistas, jornais, mapas, iconografia, manuscritos, áudio… É assim que é feito o vocabulário da Biblioteca Nacional, que ainda conta com um grande suporte de pesquisas ao vocabulário da Library of Congress em sua construção.
O catálogo de termos da BN, que pode ser acessado em http://www.bn.br/site/pages/catalogos/terminologiaAssuntos/content.htm , conta com as relações de termos autorizados e não autorizados, relacionados e específicos e genéricos. Apresenta definições em alguns termos, regras de uso e sua origem.
Mas em termos de bibliotecas especializadas em temáticas o vocabulário da BN pode não ser a melhor solução, por mais que possa ser consultado como uma segunda opção ou para verificar a estrutura mais abrangente de um determinado termo. Vários tesauros estão disponíveis na internet. Abaixo o Bibliotecno lista alguns deles:
TESAURO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO (INEP): http://www.inep.gov.br/pesquisa/thesaurus/
VOCABULÁRIO DE GEOCIÊNCIAS (CPRM): ftp://ftp.cprm.gov.br/pub/pdf/didote/geodesc.pdf
VOCABULÁRIO CONTROLADO BÁSICO, DO SENADO (DIREITO): http://webthes.senado.gov.br/thes/default-vcbs.htm
Agora, se sua biblioteca fizer parte de uma organização maior que publique alguma revista e a intenção é levar este conteúdo ao público digitalmente, uma boa opção é o SEER. Ele é um Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas mantido pelo IBICT, baseado no Open Journal Systems utilizado o diversas revistas científicas. Em http://seer.ibict.br/index.php?option=com_mtree&Itemid=109 é possível encontrar mais informações, e o principal, informações sobre treinamentos e documentação.
Disponibilizar mais a meus usuários!
Com o crescente movimento da digitalização e, principalmente, dos documentos nascidos digitalmente, conhecer algumas bibliotecas digitais, repositórios e fontes torna-se importante para dar ao seu usuário conteúdo além daquele que sua biblioteca pode oferecer. Eis alguns que você deve conhecer.
Scielo – Repositório de revistas científicas, com busca por comunidade temática, área do conhecimento, por conteúdo dos artigos, edições, revistas, entre outras formas - http://www.scielo.org/php/index.php
Scielo Livros – Criado mais recentemente, reúne livros acadêmicos/científicos, seguindo as mesmas ideias do Scielo para revistas - http://books.scielo.org/
Biblioteca Nacional Digital – Livros, mapas, manuscritos, periódicos e diversos outros formatos de suportes em obras raras ou de importância cultural, social e cientificas disponíveis em formato digital - http://bndigital.bn.br/
Memória Hemerográfica Brasileira (em testes) - Projeto em testes da Biblioteca Nacional, disponibilizando mais de 600 títulos de periódicos (dados de maio de 2005) não científicos (em sua grande maioria). Neste momento o projeto disponibiliza principalmente jornais, tais como O Paiz (RJ), A Noite (RJ), Correio Paulistano, e muitos outros. http://memoria.bn.br
BTPD – Bibliotecno Periódicos Digitalizados (beta) – Iniciado pelo Bibliotecno, é uma fonte de informação para periódicos digitalizados. Ainda beta, visa, principalmente, complementar o projeto acima (Memória Hemerográfica Brasileira) facilitando e reunindo o acesso a diversos periódicos digitalizados por diversas instituições. www.bibliotecno.com.br/periodicos
BDTD – Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – Mais específico para o universo acadêmico/Científico, a BDTD (mãe, mantida pelo IBICT) é um provedor de serviço (e de dados também) que agrupa diversas BDTDs de diversas instituições de ensino, com teses e dissertações produzidas nestas. http://bdtd.ibict.br/
LexML Brasil – No ramo da informação jurídica, visa agrupar todo o conteúdo legislativo, jurisprudencial e mais recente doutrinário de diversos portais jurídicos do brasileiros. http://www.lexml.gov.br/
O Bibliotecno espera que bibliotecários recém formad0s e aqueles com pouca interação com questões tecnológicas possam aproveitar estes recursos básicos para melhorarem suas bibliotecas e se posicionarem no mercado de trabalho.
14. Edição – Atualizado em 20/05/2012 às 10:58

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O que é o QR CODE

O QR Code foi criado em 1994 pela Denso-Wave, subsidiária da Toyota, para agilizar a produção de carros, sendo aproveitado, seis anos depois, pela operadora de celular japonesa DoCoMo.
É um código que permite o armazenamento de números e letras (7.089 caracteres numéricos, 4.296 caracteres alfanuméricos, máximo de 2,953 bytes e 1.817 caracteres do ideograma Kanji) e não necessita de um leitor específico sendo capaz de ser decodificado por um aparelho celular. Pode ainda, ser utilizado em materiais impressos e tem sua aplicação limitada apenas pela criatividade. É possível imprimi-lo em dimensões menores que os demais códigos bidimensionais e que o tradicional código de barras, permitindo diferentes formas de diagramação ao ser inserido em um jornal ou em uma peça publicitária.

PRINCIPAIS USOS:
- Uso pessoal: texto curto armazenado no próprio código; impressão de dados, para serem armazenados na agenda de contato dos telefones, em cartões pessoais; data, local e descrição de eventos para serem arquivados na agenda do aparelho celular; intercâmbio de dados de um celular para outro; impressão de dados em camisas (vestuário em geral); Tatuagens.
- Uso comercial: URL (cupons, arquivos de áudio e vídeo); email e sms predefinidos; impresso (em jornais, revistas, cupons de descontos); painéis; pagamento móvel; aplicações especiais, como ingressos para cinemas na tela do celular.
É necessário ter um programa leitor instalado no dispositivo e, para acesso a informações armazenadas na web, ter um pacote de dados contratado ou acesso Wi-Fi.
Pode ser lido em 360 graus e em alta velocidade. O código também tem a capacidade de correção de erros de leitura, possibilitando a restauração dos dados mesmo em casos onde o símbolo encontra-se sujo ou danificado.
comparativoObserve o comparativo de um QR CODE e um Código de barras tradicional contendo a mesma informação.

Publicado por em janeiro

Lista de programa leitores de QR CODE para celulares

Para a leitura do QR CODE é necessário que seu celular, smartfone ou PDA tenha uma camera fotográfica e um programa leitor instalado. Alguns aparelhos, como o N95 (da Nokia) já vem com leitores instalados, porém, a grande maioria não. Existem programas leitores para sistemas operacionais Symbian, Windows Mobile, entre outros, assim como para a linguagem java, presente em boa parte dos celulares econômicos.
Nesta página você encontrará alguns programas leitores de QR Code que podem ser instalados diretamente pelo Celular, com uso da Internet ou SMS, ou baixados para o computador e transferidos com o uso de cabode de dados USB ou Bluetooth. Para cada programa existe uma lista de aparelhos compatíveis, contudo, para alguns aparelhos presentes na lista de compatibilidade o programa leitor poderá não funcionar, já que este pode ser compatível com a mesma versão do aparelho para outros países, que poderá conter pequenas diferenças em relação aos aparelhos lançados no Brasil, como é o caso do V3 da Motorola.
- BEETAGG
Baixar para o celular: digite http://get.beetagg.com no navegador do aparelho
Baixar para o computador:
clique aqui
Aparelhos compatíveis: clique aqui
– BlackBerry; Java; Java light; Palm; Symbian S60 2nd; Symbian S60 3rd; Symbian UIQ; Symbian UIQ3; Windows Mobile; Iphone
- KAYA READER
Baixar para o celular: digite http://reader.kaywa.com no navegador do aparelho
Baixar para o computador:
clique aqui
Aparelhos compatíveis:
clique aqui
- I-NIGMA
Baixar para o celular: digite
www.i-nigma.mobi no navegador do aparelho. O site reconhecerá o seu aparelho automaticamente
Aparelhos compatíveis:
clique aqui
- NOKIA BARCODE READER
Baixar para o computador:
clique aqui
Aparelhos compatíveis:
Compatível apenas com aparelhos com o sistema operacional Symbian (Ex. N78, 6210 Navigator, N96 and 6220 Classic). Os aparelhos Nokia N82, N93, N93i, N95, N95 8GB, E66, E71 e E90 Classic já vem com o programa instalado
- I-MATRIX
Visite o site do desenvolvedor : clique aqui
Aparelhos compatíveis: Iphone
Observações: Além do QR CODE o programa também decodifica Datamatrix e ShotCode
- QUICKMARK
Visite o site do desenvolvedor : clique aqui

Aparelhos compatíveis: Sistemas operacionais Symbian, Windows Mobile, Iphone – lista de aparelhos compatíveis
- NEO READER
Visite o site do desenvolvedor : clique aqui

Aparelhos compatíveis: clique aqui

Observações: Realiza a leitura dos seguintes códigos bidimensionais: Data Matrix, QR code, Aztec Codes, EAN, UPC, and Code 128
- I-DECODE
Visite o site do desenvolvedor : clique aqui

Aparelhos compatíveis:
Iphone
Observações: Realiza a leitura dos seguintes códigos bidimensionais: Data Matrix e QR code
- GOOGLE CODE – ZXING
Visite o site do desenvolvedor : clique aqui

Aparelhos compatíveis:
Sistema operacionais Android e Iphone. Também para a linguagem Java.

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ALA lança “Modelos de Negócios Ebook para Bibliotecas Públicas”

Dica de Tiago Murakami do Bibliotecários sem Fronteiras, um texto que mostra a preocupação das bibliotecas se adequarem ao cenário atual – e bem real – dos ebooks. O documento do qual o texto fala pode ser acessado aqui  e a notícia original aqui.
Extrato da notícia…
Com base em conversas com os editores e deliberações sobre o mercado ebook, o ALA lançou hoje “Modelos de Negócios Ebook para Bibliotecas Públicas”, relatório que descreve as características gerais e os atributos do ambiente atual do ebook e restrições de modelos de negócios atuais. O relatório sugere oportunidades para as editoras mostrarem conteúdo por meio de bibliotecas públicas.
“Os Ebooks estão se expandindo e evoluindo rapidamente, e as formas de disponibilização dos ebooks para bibliotecas apresentam grande variação e mudança freqüente”.  Este relatório descreve como bibliotecas devem procurar agir em suas relações com os editores de livros eletrônicos e distribuidores, assim como condições de bibliotecas devem evitar. “
Recomenda três atributos básicos que devem ser encontrados em qualquer modelo de negócio para ebooks:
- Inclusão de todos os títulos: Todos os títulos ebook disponíveis para venda ao público também deve estar disponível para bibliotecas.
- Direitos permanentes: As bibliotecas devem ter a opção de possuir os ebooks que compram, incluindo o direito de transferi-los para outra plataforma de entrega e de continuar a emprestar-los indefinidamente.
- Integração: bibliotecas precisam ter acesso a metadados e ferramentas de gerenciamento fornecidos pelos editores para melhorar a descoberta de ebooks.
“As escolhas que as bibliotecas fazem hoje podem afetar profundamente as direções futuras, e por isso é bibliotecas devem estar informadas das suas opções e negociar de forma agressiva para os termos mais favoráveis e flexíveis possíveis.
 
 
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http://bibliotecno.com.br/?p=2339

quarta-feira, 20 de março de 2013

Pinterest: uma nova oportunidade social para as bibliotecas

Pinterest é um dos mais novos sites de mídia social que está rapidamente ganhando popularidade. A filosofia do site é conectar as pessoas através do que elas acham interessante. Os usuários podem criar vários murais e “pin” [fixar] imagens ou vídeos de outros sites para as suas coleções a fim de compartilhar com outras pessoas. É como o próprio adesivo de post-it pessoal, mas funcionando para a internet. Como muitos, estou atraída pelo Pinterest porque é um mural de mensagens popular, onde ambos os usuários e anunciantes “fixam” imagens espectaculares e citações. Além disso, o site é simples, limpo e fácil de navegar. Pelo Pinterest ter apelo visual tão grande, eu acredito que ele fornece um caminho potencial para as bibliotecas compartilharem as suas qualidades positivas na internet.
Bibliotecas no Pinterest
Pinterest oferece um novo local na internet para fazer o marketing de uma biblioteca. Uma biblioteca pode fazer o seu próprio perfil e criar murais, prendendo fotos e vídeos mostrando o quão bonita e convidativa ela é. A biblioteca também pode atrair usuários fixando imagens de eventos da biblioteca, guias de utilização, os livros mais consultados e outros serviços. Há muitas possibilidades para o compartilhamento. Todos os pins remetem link ao site original, e assim, ele fornece um meio para receber ainda mais visitantes na página da biblioteca. Na verdade muitas bibliotecas públicas já começaram a usar o Pinterest, incluindo a Biblioteca de Westerville e aBiblioteca de Clearwater. A Biblioteca Westerville tem uma extensa coleção de murais e pins, mas meus preferidos são as Sugestões dos funcionários, Marketing de Biblioteca inesperado e citações sobre leitura, pois fornecem diversão visual para o mundo das bibliotecas.
Eu acredito que parte da missão não-oficial de uma biblioteca deve ser o de combater antigos estereótipos. Uma das principais razões pela qual os não-usuários não atravessam as portas da biblioteca é porque têm visões tradicionais da biblioteca como empoeiradas, arcaicas e assustadoras com os bibliotecários fazendo shii! Através da utilização de redes sociais que tem objetos visuais como base, tais como o Pinterest, bibliotecários podem lenta mas seguramente recriar a imagem de nossas bibliotecas para uma de recursos modernos, amigáveis e inovadoras para a comunidade.
Eu vi muitos pins e murais relacionados a bibliotecas, incluindo o mural Bibliotecas bonitas que consiste de pins de belas bibliotecas. Além disso, outros usuários podem curtir e compartilhar o que encontrarem, através de seu Facebook e Twitter, abrindo ainda mais possibilidades para um logotipo atrativo ou foto da biblioteca se tornar um viral. O Pinterest pode ajudar a espalhar campanhas para salvar bibliotecas de cortes no orçamento, por exemplo. O pin-board libraryness contém imagens com frases de efeito sobre a importância das bibliotecas.
A desvantagem do Pinterest
Embora o Pinterest forneça uma grande oportunidade para o compartilhamento e promoção, ele tem seus limites. A biblioteca só pode fixar imagens ou vídeos, não é propício para a discussão em profundidade, e não se pode fixar blogs e outros elementos das redes sociais com base em texto. Nem todas as bibliotecas são modernas ou impressionantes, especialmente com a recessão e cortes orçamentários. Portanto, pode ser mais difícil para essas bibliotecas tirar fotografias ilustrativas para o Pinterest, especialmente se elas não têm pessoal familiarizado com fotografia e Photoshop. Uma imagem simples será rapidamente olhada por cima, com todas as outras imagens marcantes no Pinterest.
O maior problema do Pinterest para as bibliotecas está nos direitos autorais. A biblioteca usando Pinterest deve ter cuidado para postar apenas imagens ou vídeo que detém os direitos. Claro, uma biblioteca deve verificar a permissão de usuário em fotos que deseja postar, especialmente se houver crianças nas imagens. Além disso, o Pinterest entra na zona cinzenta em termos de direitos autorais contra o uso justo na internet. A biblioteca deve se proteger de eventual responsabilidade, especialmente dado que a lei de direitos autorais está evoluindo rapidamente caso a caso.
Apesar de ter minhas preocupações, especialmente no que diz respeito aos direitos de autoria e responsabilidade para as bibliotecas na internet, o fato é que o Pinterest oferece novas oportunidades para os bibliotecários em promover suas bibliotecas na internet e se conectar com outras pessoas que estão interessadas no mundo da bibliotecas. Mantendo-se em mente as questões dos direitos de autor, eu acho que as bibliotecas devem manter um olho sobre este meio de comunicação cada vez mais popular.
Dorotea Szkolar

Fonte: http://morenobarros.com/blog/

O valor da informação

Quando confrontados com a necessidade de oferecer notícias de graça, os editores são rápidos em apontar o custo envolvido na produção de notícias. Que, naturalmente, não vem ao caso. Informação na Internet é tão comum como a neve no Ártico. Você não pode esperar que esquimós comprem um boneco de neve. Mas ei, espere, isso aqui não é apenas um outro discurso habitual. Depois de produzir site de notícias após site de notícias para uma ampla gama de clientes, nós realmente temos algo a contribuir:
Embora produzir informações custe dinheiro, a informação como tal não necessariamente carrega valor monetário; na maioria das vezes carrega valor intelectual, social, artístico e prático. E é por isso que, historicamente, as notícias tem sido subsidiadas comercialmente, publicamente, politicamente e em caráter privado.
Esta informação não está mais necessariamente ligada a um bem físico (papel) ou um serviço concreto (a entrega), ou a uma quantidade limitada, o que torna difícil medir o seu preço. Temos dificuldades de gastar dinheiro em informação digital porque no final da transação não poupamos tempo nem temos nada de concreto ou limitado em nossas mãos. Parece o mesmo que comprar ar.
Ainda que a informação prática e financeira tenha valor monetário direto ou indireto (por exemplo, economia de tempo), muitas vezes o valor da informação consiste de qualidades que são difíceis, impossíveis ou até mesmo anti-éticas de se vender. Desmembrar informações de seu pesado corpo físico, evitando o desperdício de distribuição física e tornando o seu acesso ilimitado revela o essencial, que é: o valor intelectual da informação. E qual capitalista verdadeiro pagaria por tais bobagens inúteis, tais como sofisticação? OK, não tão rápido … Vamos primeiro olhar para as categorias diferentes de informações e o que elas valem:
Informação econômica
Informação econômica consiste de dados que ajudam a entender a produção, intercâmbio, distribuição e consumo de bens e serviços. Exemplos: artigos de economia, guias de viagens, guias de compras, dados de bolsas de valores, patentes, design, propaganda, listas de tarefas e classificados.
Se você jogar de acordo com as regras básicas da auto-promoção online, dados econômicos se tornam uma venda fácil, uma vez que seus clientes podem ver um lucro monetário direto adquirindo os seus dados. Veja o Wall Street Journal.
Arte
A arte é informação composta de dados como um meio e fim em si mesma e para si. Exemplos: Poesia, Ficção, Música, Pintura, Fotografia,. A arte não é feita para ser rentável, mas como um meio por si só e em si mesmo.
Ela não tem que ser agradável, não necessita ser interessante, não tem de ser compreensível ou entreter, e em primeiro lugar, a arte não tem que fazer dinheiro.
A arte pode ser ou fazer qualquer coisa, a arte não tem que ser ou fazer qualquer coisa. Informação artística é livre por sua própria definição. É por isso que a arte precisa ser tutelada, patrocinada, sustentada pelo Estado, pelas corporações e pelo indivíduo.
Informação científica
Informação científica consiste em dados sistemáticos, verificáveis​​, que fornecem a base do nosso conhecimento objetivo. Exemplos: artigos científicos, enciclopédias, relatórios, dados médicos.
Os dados científicos tem valor educativo e social. Eles não devem ser vendidos; devem ser compartilhados tanto quanto possível. O compartilhamento de informação científica é o caminho para aumentar o conhecimento científico. Não é um acidente que a Wikipedia é muitas vezes imprecisa sobre dados culturais, enquanto bate a Enciclopédia Britannica no conhecimento científico específico.
A ciência precisa ser financiada pela sociedade; uma sociedade racional é construída sobre o conhecimento dos seus cidadãos. Me chame de idealista, me chame de Europeia, me chame de ingênua, mas se você condena uma criança se ele te pergunta por que os australianos não caem do planeta, há algo errado com você.
Informação prática
Informações práticas transportam dados que suportam o processo pelo qual tomamos decisões. Exemplos: notícias de política, guias parentais, mapas, manuais de instrução, manifestos. Dados práticos são comparáveis a dados econômicos: economizam seu tempo e seus nervos e, portanto, permitem que você seja mais produtivo.
Informação política é um caso especial, pois não se traduz em um pessoal, mas um benefício social, ou, como no caso de notícias comerciais, para um grupo social particular. Se você paga por informação política criada comercialmente, você ajuda a influenciar decisões de outras pessoas em seu grupo político. Pense na Fox News. Pago por pessoas ricas para recrutar pessoas pobres, como Joe o encanador, a falar e votar em favor de pessoas ricas.
Embora seja verdade que a notícia comercial necessita produzir opinião, já que opinião é a única maneira de atrair a atenção em um mundo onde os fatos políticos são livres, a opinião baseada em apreço é um terreno escorregadio (novamente, ver Fox news). Felizmente, as marcas comerciais com uma ampla gama de clientes não querem ser associadas com posições políticas extremas.
A fim de garantir uma discussão equilibrada e evitar o dinheiro para seqüestrar debates políticos, notícias comerciais precisam de um contra-equilíbrio democrático. A BBC ou o modelo de notícias da Swiss National são excelentes exemplos de que a notícia não pode ser apenas muito próxima da neutralidade politicamente, mas também, que as notícias independentes podem relatar sobre assuntos onde a notícia comercial entra em apuros. É por isso que a maioria dos países livres têm um canal de notícias comercialmente independente. Isso não é socialismo. É chamado de democracia.
Entretenimento ou: O fator de atenção
Se você quiser vender informação além de dados financeiros, você tem que entreter. Aqui, em troca, os europeus podem aprender muito com a alta cultura dos americanos. Entretenimento torna seus dados comercialmente atraentes. Isso não significa automaticamente que se torna trivial (ver HBO).
Se você produz informação que é inteligente e divertida ela tem um grande valor de atenção. A atenção que você recebe pode ser rentabilizada através de publicidade, patrocínio, venda de bens físicos. Se é de alta qualidade (e pela alta qualidade quero dizer padrão HBO de qualidade) você pode ser capaz de vender o acesso facilitado e direto a ele. Venda de entretenimento só funciona para os dados que você pode acessar de forma passiva (filmes, música).
Infelizmente entretenimento tem uma vida útil muito curta. O controle sobre os dados de entretenimente é assim: o valor da informação de entretenimento literalmente corre como areia por entre suas mãos. Você precisa rentabilizar rapidamente. Quanto maior o potencial de entretenimento de sua informação, o mais rápido você precisará rentabilizar, porque ela vai facilmente encontrar seu caminho para o público e ser distribuída livremente.
Então, como as notícias podem ser monetizadas?
Informações valiosas sempre encontram seu caminho para o destinatário. É melhor você mesmo distribuí-la, antes que alguém receba a atenção em seu lugar. Se é justo para o comediante que trabalha duro, músico ou diretor de cinema de Hollywood que um monte de trabalho é “dado de graça” não é a pergunta a fazer. A questão é: o que você faz com a atenção que recebe por sua informação? Em outras palavras: como você anuncia?
Apesar da leitura de notícias analógicas estar derretendo enquanto disparam os leitores digitais, a edição em papel ainda faz uma média de 10 vezes mais receita de anúncios por usuário do que serviços online. A monetização por usuário é 100 vezes maior em papel do que online.
É fundamental compreender que neste momento, a maior parte do que um site de notícias está fazendo é propaganda para a edição em papel. Um jornal com um site inacessível está jogando fora o mais barato e mais eficiente espaço de auto-propaganda.
Até certo ponto, o inverso é verdadeiro: um jornal tradicional que se livra de sua parte física enfrentará um tempo difícil para manter sua audiência online.
O truque é ligar as duas edições e tentar superar a fase transicional de sobrevivência em que as notícias atualmente se encontram. Para as marcas de notícias diárias esta é a hora de comer ou ser comida. Não vamos nos enganar aqui: em 10 anos ainda haverá algumas publicações semanais de alto valor comissariado, mas não mais o jornal diário. Simplesmente não faz sentido tentar competir com a oferta online muito mais rápida e muito mais conveniente em uma base diária.
A boa notícia é que quanto menos os jornais são lidos e quanto mais atenção online eles recebem, maior a chance de vender anúncio online a um preço decente. O real problema face aos jornais é que as corporações ainda estão dispostas a pagar preços fantásticos para impressão e TV, produção de anúncios offline, bem como para a distribuição offline. Enquanto o formato oficial para publicidade online for o Google AdWords, não há esperança para a notícia comercial sobreviver à mudança das novas mídias.

Fonte: http://morenobarros.com/blog/

Como encontrar artigos científicos sem ter acesso ao Portal Capes

Pra quem não sabe, eu trabalho em umas das bibliotecas da UFRJ e a minha principal função é garantir o acesso à produção científica nacional e internacional aos alunos dos programas de graduação e pós-graduação do Centro de Tecnologia da universidade, seja por meio de treinamentos de bases de dados, serviço de referência, levantamento bibliográfico ou simplesmente encontrando para eles artigos difíceis de achar, mas que são importantes para as suas pesquisas.
Na minha tese de doutorado eu falo um pouco sobre a questão do custo do conhecimento, explicando sob a ótica de bibliotecário como é problemático os trabalho produzidos por pesquisadores, cientistas e seus pares, financiados em grande parte pelos contribuintes (por meio de recursos públicos, editais de fomento, bolsas de pesquisa e orçamentos das universidades e instituições de pesquisa), permanecerem acessíveis somente mediante pagamento avulso ou contratos de assinaturas junto às editoras responsáveis pela publicação desses trabalhos. Um duplo pagamento por parte dos contribuintes: na comissão da pesquisa e no acesso aos resultados. [Em um segundo momento, eu falo do porre que é esse frenesi em torno da contabilização da ciência (do ponto de vista macroeconômico os contribuintes não financiam nada) e como isso pode contaminar a ciência em sua essência. Maiores detalhes, quando a tese ficar pronta.]
Pra quem não sabe (2) aproximadamente 1,5 milhão de artigos originais são publicados todos os anos, veiculados em periódicos pertencentes a um pequeno número de grandes editoras comerciais científicas e acadêmicas com fins lucrativos, entre elas Elsevier, Springer, Wiley e Taylor and Francis.
Pra quem não sabe (3) o Brasil gasta em torno de R$120 milhões anuais para garantir que centenas instituições do país acessem mais de 30 mil revistas científicas por meio do Portal de Periódicos da Capes, modelo de consórcio de bibliotecas único no mundo, inteiramente financiado pelo governo nacional. (Palmas pro Brasil, mas ressaltando que o Portal de Periódicos da Capes foi criado justamente sob a perspectiva de que seria demasiadamente caro atualizar os acervos com a compra de periódicos impressos para cada uma das universidades do sistema superior de ensino federal.)
Sempre que alguém não vinculado a instituições associadas ao consórcio do Portal de Periódicos da Capes tenta acessar um artigo de periódico online, o acesso ao resumo do texto é geralmente livre. Sem esse vínculo, a leitura de um único artigo na íntegra publicado por um dos periódicos da Elsevier custa 31,50 dólares (aproximadamente 65 reais). A Springer cobra 34,95 dólares (aproximadamente 72 reais) e Wiley-Blackwell, 42 dólares (aproximadamente 87 reais).
Então as grandes questões são: como obter acesso aos artigos científicos na íntegra, sem ter que pagar questionáveis 60,70,80 reais por algumas páginas, sem pertencer a uma instituição acadêmica (desvinculada do Portal Capes)? Como ter acesso aos artigos originais na íntegra de maneira legal, sem infringir os direitos das editoras e autores?

Partindo da minha experiência diária lidando com esse tipo de demanda, quero deixar 10 dicas à vocês, pesquisadores desse meu Brasil varonil:
1) procure uma bibliotecária, preferencialmente de uma biblioteca universitária ou instituição de pesquisa e converse com ela sobre a possibilidade de obter acesso aos artigos na íntegra, mesmo não tendo vínculo com a instituição consultada. Alguns artigos são realmente muito fáceis de conseguir, desde que a biblioteca tenha o acesso via Portal Capes. Você pode levar um pen drive para copiar os arquivos dos artigos ou solicitar que eles sejam enviados ao seu email.
2) Quase todos os pesquisadores estão autorizados a colocar em seus sites pessoais ou institucionais uma versão em PDF dos textos que foram aceitos para publicação em periódicos. O caminho mais curto para encontrar a produção de um determinado autor é via Google Acadêmico. Então vá ao scholar.google.com e procure o título do artigo, o nome do autor ou o tópico de pesquisa.
Por exemplo, aqui está a página para um artigo publicado por um grupo de biólogos da UFRJ, no periódico Evolution, v.53, n.5, 1999. “Does Cosmopolitanism Result from Overconservative Systematics? A Case Study Using the Marine Sponge Chondrilla nucula“:
O primeiro resultado é o artigo procurado. Notem que na sinopse há a indicação de que ele está vinculado à base de dados JSTOR (notem também que já de cara há um link para o pdf, mas vamos fingir, para este exemplo, que ele não estivesse ali). Abaixo da sinopse está:
Citado por X Artigos relacionados Todas as Y versões
Clicando no link do título propriamente, você é levado à página do editor>periódico e verá um link para download do artigo na íntegra por módicos 14 dólares.
Mas se clicar no link “Todas as Y versões“, você verá todas as versões indexadas pelo Google. No nosso exemplo, a segunda versão é um PDF do artigo na íntegra que está hospedado no site do departamento da UFRJ o qual estão vinculados os autores do artigo.
3) em alguns casos, usar o parâmetro “filetype:pdf” no Google Acadêmico também ajuda. Vejam esse exemplo para um busca sobre pré-sal e águas profundas. Basta substituir o assunto ou incluir o nome do autor, mantendo o parâmetro de tipo de arquivo.
4) Se você precisa de muitos artigos sobre determinado tópico, é melhor seguir os passos anteriores. Mas se você só precisa de um ou poucos artigos e for capaz de encontrar um meio de contato com o autor, você pode pedir diretamente à ele. Geralmente os autores são solícitos e gostam de ter seus trabalhos reconhecidos. Basta você se identificar como pesquisador, do Brasil (ajuda sempre) e solicitar uma versão digital.
Para encontrar os emails dos autores (melhor forma de contato) busque pelo nome deles, associados às suas instituições de origem (universidades, departamentos, centros de pesquisa). Geralmente os resumos dos artigos contêm essas informações, mesmo em bases de acesso restrito.
5) Em muitas áreas é comum o uso de servidores pré-publicação (pre-print), que oferece acesso na íntegra aos artigos que já foram aceitos pelos periódicos, mas que ainda aguardam os trâmites de publicação. Um dos mais conhecidos é o Arxiv.org (pronunciasse ar-cai-ve mesmo) que têm grande concentração na área de física, mas engloba outras áreas do conhecimento também.
Recentemente no Facebook, Tiago Murakami solicitou esse artigo, bloqueado pela sua editora, acessível somente mediante pagamento. Mas o mesmo artigo está disponível na íntegra no Arxiv, provavelmente meses antes de ter saído na versão impressa/digital do periódico.
Outros servidores de preprints que valem menção são viXra, nature precedings, sciencepaper china e philica.
Não confundir os servidores pre-print com os servidores open acces (como o PLOS ONE, por exemplo). Os preprints são em geral de artigos aceitos para publicação em periódicos mediante avaliação por pares. Funcionam como um espelho grátis dos periódicos de acesso restrito e pago.
6) algumas bases de dados e de periódicos oferecem a opção de “trial”, JSTOR sendo um bom exemplo. Se você se registrar pode ler até 3 artigos na íntegra online, na tela do computador (sem opção de download grátis). Você pode armazenar até 3 artigos e mantê-los em um arquivo pessoal por 14 dias. Após esse período, você pode pesquisar por três novos artigos.
7) as bibliotecas ainda possuem coleções impressas dos periódicos. Isso significa que se você descobrir precisamente a edição do periódico onde foi publicado o artigo e descobrir qual biblioteca possui o exemplar impresso, você pode solicitar uma cópia simples (xerox). Isso vale especialmente para revistas antigas, algumas delas com suas edições retrospectivas não digitalizadas, não encontráveis na internet. As bibliotecas possuem sistemas de intercâmbio entre si, facilitando a troca de materiais mesmo entre diferentes e distantes cidades.
No Brasil, você pode consultar o Catálogo Coletivo Nacional, que não tem uma interface legal, mas que é um instrumento ultra útil pra saber quais bibliotecas, separadas por estados, possuem a revista que você procura.
Basta incluir o título da revista no campo de busca, clicar no “executar busca”, aparecendo os registros clicar em “visualizar consulta”, selecionar o título, clicar em “visualizar registros” e percorrer a lista das bibliotecas que possuem tal revista em suas coleções. Repare que a lista contêm exatamente a indicação de quais edições a biblioteca possui (a biblioteca pode ter a coleção integral ou parcialmente).
Feito isso, você pode ir até a biblioteca fisicamente ou entrar em contato por telefone ou email. Se você estiver em outra cidade e a burocracia não permitir a cópia ou scaneamento do artigo e envio por email, você pode solicitar à bibliotecária o envio por Correios, pela modalidade “COMUT”. Ela vai te explicar melhor os procedimentos.
8] nós bibliotecários possuímos fóruns privados de trocas de artigos. Eu participo e gerencio alguns fóruns de intercâmbio de artigos, que não são divulgados publicamente para evitar problemas com as editoras. É certo que não baixamos volumes gigantescos de artigos para imprimí-los e vendê-los em uma banquinha na esquina, mas os contratos editoriais são tão rígidos que não podemos nos expor muito, mesmo querendo somente o melhor e o mais rápido meio de fazer o artigo chegar até nossos usuários.
Eu sou feliz por ter um acesso VPN a uma das grandes universidades americanas, o que me permite uma gama maior de revistas do que o Portal Capes oferece. E conto com a ajuda sensível e inestimável dos colegas bibliotecários de outras instituições, no Brasil e no exterior.
Por isso, considere sempre falar com um bibliotecário quando empacar em suas pesquisas acadêmicas. A gente salva vidas. É o que eu faço, todos os dias :)
9) Se por acaso você estudou em alguma universidade americana ou européia, verifique a possibilidade de conseguir acesso aos recursos das bibliotecas e bases de dados por meio das associações de alumni. Converse com a bibliotecária de lá.
10) se você estuda ou tem vínculo com alguma universidade ou instituição de ensino, público ou privada, procure saber com a bibliotecária como você pode obter o acesso remoto ao Portal Capes, que te garante acesso aos artigos na íntegra em seu computador pessoal, sem precisar se deslocar até a biblioteca.
Quem tiver qualquer solicitação de artigo, procure a bibliotecária mais próxima!

Fonte:http://morenobarros.com/blog/